quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sessão coletiva de 20/10 TP 6 unidades 23 e 24

Essa foi a nossa última sessão coletiva para discussão dos TPs e socialização das atividades. Os sentimentos são ambíguos: alívio por estarmos terminando e certeza da falta que sentiremos das nossas socializações.
Nesse encontro, discutimos a importância da revisão e edição, considerando o fato de que os escritores iniciantes seriam aqueles que se preocupam sempre com o próximo item a ser desenvolvido, como se estivessem conversando com o seu interlocutor. Assim, o texto é escrito utilizando estratégias ingênuas, para descrever e contar o que pensa ser importante para terminar a redação. Não há ainda uma concentração na produção de significados próprios dos processos comunicativos escritos.
Portanto, para transformar a escrita do aluno, é importante que as aulas de Português contemplem as práticas de leitura e escrita que oportunizem a construção do conhecimento do uso e das funções da escrita. A escola é o lugar da reflexão e da transformação dessas práticas que devem ser planejadas em uma sequência de leitura e escrita, buscando desenvolver a “voz” dos alunos.
É importante refletir sobre o planejamento, sobre o diálogo com o leitor, que é, afinal, o texto na modalidade escrita, sobre a importância da revisão, das versões, do distanciamento do texto, das frases avaliativas e diretivas e acerca da edição que é um último olhar, para que o texto seja considerado (mesmo que provisoriamente) pronto.
A reflexão seguinte foi sobre a literatura para adolescentes. Discutimos as informações do TP: as crianças leem, a família é fator importantíssimo na construção de leitores, a dita literatura para adolescentes é ainda muito restrita, apesar de ser um filão econômico.
Discutimos que cabe à escola a aproximação entre os alunos e a boa literatura e a leitura de livros mais longos.
Analisamos as afirmações sobre os assuntos que mais atraem os adolescentes, como o seu próprio mundo, com as complicadas relações familiares, os primeiros namoros, as ansiedades e inseguranças próprios da idade. Também atraem os adolescentes as narrações com feitos heróicos, a ficção científica, os problemas sociais, as injustiças, preconceitos e, por outro lado, o humor igualmente atrai esse leitor específico.
Em grupos, os professores fizeram uma sequência de atividades e sugestões de títulos de leituras literárias que serão postadas em seus blogs.
A apresentação dos projetos ficou marcada para dia 12/11/2009, pois o último encontro de formadores seria nos dias 19 e 20 de novembro, agora adiado sem data fixa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sessão coletiva de 06/10 do TP6 unidades 21 e 22

Nessa oficina, os professores apresentaram os pré-projetos deles, sendo que a maioria optou por trabalhar com leitura, seja em contação de histórias (Dayana), seja em um trabalho sistematizado com crônicas (Daniela e Judite), envolvimento de toda a escola em momentos diários de leitura e mudança de atitudes (Débora e Elizângela), em um trabalho sistematizado com contos (Mária Fátima). A professora Dania está trabalhando com gêneros documentos - os documentos que nos acompanham ou que são necessários durante a vida, o professor Getúlio, com a tradição cultural indígena, entre outros projetos.
Discutimos, então, sobre argumentação e linguagem, considerando que toda vez que nos comunicamos, buscamos fazer algo, impressionar o outro, buscar reações, convencê-lo. Esse é um uso argumentativo da linguagem em seu sentido mais amplo. Portanto, somos seres argumentativos porque objetivamos algo com o uso da linguagem. Já que há em toda a manifestação linguística uma argumentatividade mais ampla, é necessário observar, entretanto, haver enunciações que têm por objetivo mais explícito convencer, persuadir, ou seja, buscam uma reação do interlocutor ou modificação do modo de ver o mundo.
Ao falar sobre argumentação, é interessante mostrar textos que não são explicitamente argumentativos e refletir sobre a argumentação dos próprios alunos, uma vez que esse recurso é bastante utilizado por eles, quando querem algo dos pais, do professor, do amigo...
Discutimos então sobre os diversos tipos de argumentação que se pode lançar mão para convencer, persuadir...Como argumentos baseados no senso comum, em provas concretas, argumentação por ilustração, por exemplos, de autoridade, por raciocínio lógico, utilização de estudos científicos, apelo às sensações físicas do leitor, recomendações em forma de ordem ou instruções, diálogo com o leitor apresentando motivos ou justificativas. O argumento, obviamente, pode apresentar problemas de incoerência com a realidade ou com o próprio tema apresentado. Assim, quanto mais vaga ou genérica for a ideia apresentada, mais chance terá o interlocutor de contra-argumentar. Portanto, não é possível convencer com argumentos fracos, falsos ou incoerentes. Uma boa argumentação depende da clareza, do objetivo da tese a comprovar e da solidariedade dentre os argumentos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sessão coletiva de 22/09 TP 2 Unidades 7 e 8


Nessa sessão coletiva, iniciamos com a socilalização das atividades aplicadas em sala e descritas em relatório. Em seguida, discutimos a função da arte e suas formas e a importância de se oportunizar aos alunos a fruição de obras de arte. Analisamos que algumas formas de se fazer isso, pode ser, levando para a sala:
Discos de música erudita ou de boa música brasileira;
Filmes de boa qualidade;
Imagens de quadros ou esculturas.
Ou ainda, levando-os para visitar:
Edificações históricas, com seus significados;
Exposições ou movimentos artísticos;
Espetáculos, feiras de livros, mostras literárias;
Conversando com escritores da cidade;
Escrevendo a autores de obras lidas ou estudadas pela turma.

Relembramos que as obras de arte podem ser visuais ou auditivas, mas que a modernidade e pós-modernidade têm feito rupturas nas classificações mais tradicionais, sejam quais forem.
Em se falando de arte, é fundamental se reportar ao sentido conotativo, pois é a conotação que permite as múltiplas significações do texto, opondo-se à objetividade do texto informativo ou científico. e, justamente, por traduzir interpretações, ligações feitas por determinados sujeitos e não por todos, o sentido conotativo varia de acordo com o interlocutor (sua história, seus conhecimentos prévios).
Refletimos, nesse contexto utilitário em que vivemos, sobre a importância da inutilidade da arte, pois ela serve "apenas" para à (re)interpretação do mundo, para aflorar, em nós, a fantasia, a interpretação da realidade, a conotação e a paixão pela forma. Assim, leitura de imagens ou de palavras é tão carregada de sentidos que estão presentes tanto na imagem e na palavra como no seu leitor/interlocutor.
Em relação às figuras de linguagem, discutimos o quanto elas estão presentes na linguagem cotidiana, na publicidade e quanto auxiliam na expressividade de sentimentos e emoções.
"É como se os significados mais convencionais das palavras e sua organização corriqueira não fossem suficiente para dar conta de nossos sentimentos. Resolvemos, então, inverter a ordem das palavras, usá-las com outro sentido, fazer comparações - tudo para, consciente ou inconscientemente, escancarar nossas emoções, não deixar dúvidas sobre o que falamos." Relata-nos, Maria Antonieta Antunes Cunha, no nosso TP 2, autora dessa unidade.
E na linguagem literária, poderíamos dizer que, talvez a ideia seja justamente deixar dúvidas, plurissignificar...
Relembramos então algumas das figuras mais comuns e presentes, como metáfora, metonímia, prosopopeia, hipérbole, antítese, ironia, onomatopeia, pleonasmo, aliteração e assonância. Para exemplificar o quanto as figuras são presentes nos meios de comunicação, observamos alguns anúncios que se utilizam muito dessas figuras, como aquele no início desse texto, em que há o uso de metonímia.
Após a avaliação da oficina, verificamos que as próximas duas unidades de estudo serão sobre leitura e processos de escrita, quando veremos argumentação e linguagem e planejamentoe escrita.

Oficinas extras 15/09

Nessas duas oficinas de 4 horas cada, tivemos dois momentos distintos. Na parte da manhã iniciamos com a socialização de uma atividade desenvolvida por cada um dos cursistas do Gestar, bem como um breve relato sobre as questões teóricas que levaram àquela determinada prática. Os relatos foram feitos porque, nesse momento, estavam reunidos todos os professores de Língua Portuguesa da rede municipal e a intenção era justamente mostrar a importância das atividades e das discussões teóricas que o curso propicia, uma vez que pretendemos oferecê-lo novamente em 2010, e para tanto já recebemos do MEC mais 30 conjuntos de materiais do Gestar
Após a socialização, fizemos uma discussão sobre os três tipos de ensino de gramática: o ensino prescritivo, o ensino descritivo e o ensino reflexivo. Citamos Magda Soares, pois ela propõe que o ensino de gramática seja basicamente voltado para uma gramática de uso e uma gramática reflexiva, tendo em mente sempre a interação específica de comunicação, lembrando que a comunicação se dá por texto e não por palavras isoladas.
Assim, defendemos que uma proposta para um ensino reflexivo de gramática, consista em:
Perguntar quais seriam as alternativas de recursos linguísticos a serem utilizados; Comparar os efeitos de sentido que podem produzir em cada situação comunicativa; Comparar os efeitos de sentido que um recurso, ou diferentes recursos, podem produzir em diferentes situações de interação comunicativa.
Pretendíamos ainda trabalhar com a organização final de uma prova, que foi iniciada na oficina extra de julho, cujo assunto era a Prova Brasil. Naquele encontro, além de estudarmos e analisarmos os descritores, o grupo trabalhou em cima de uma prova diagnóstica das habilidades de leitura, baseada na Prova Brasil, para os sétimos anos, com o intuito de trabalhar com os descritores da prova. For falta de tempo, no entanto, essa organização ficará para um outro momento.
Na parte da tarde, a jornalista e escritora Sônia Pillon apresentou seu livro de crônicas baseadas em histórias ocorridas com personagens reais e fictícios de Jaraguá do Sul : “Crônicas de Maria e outras tantas – Um olhar sobre Jaraguá do Sul”.
Em um segundo momento, participamos de uma Oficina de Leitura com as autoras Cristina Marques e Tânia, do Instituto Evoluir. As autoras sensibilizaram os professores para o trabalho com literatura em sala de aula e apresentaram algumas sugestões de atividades e estratégias através das quais pode-se explorar, de forma lúdica e atrativa, as características dos gêneros literários, bem como realizar a leitura individual e compartilhada de obras dos mais diversos gêneros.
Houve também a apresentação do Projeto Troque Lixo por Livro e a apresentação dos livros que são distribuídos aos alunos nas unidades escolares em que o projeto é implantado, visto que, no próximo ano letivo, o projeto será lançado na rede municipal de ensino.
A avaliação do encontro foi bastante positiva, pois os professores a consideraram muito produtiva.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Inclusão digital


Aproveito o meu blog já existente como formadora do Gestar para postar as minhas experiências no curso de inclusão digital.
Confesso que até o ano passado, eu era uma usuária tímida do ATE. Participei, sempre em parceria com outros professores, especialmente a profª Ivana de Língua Portuguesa e a Profª Regina de Artes de projetos de aprendizagem. Fora isso, utilizei poucas vezes o ambiente, mesmo porque na Antônio Ayroso, antes da chegada dos computadores novos, tínhamos quatro, cinco máquinas, em média, funcionando para turmas de 25 a 35 alunos. Hoje, vejo quantas oportunidades de ensino-aprendizagem incríveis podem possibilitar o uso do ambiente. A quantas informações se pode ter acesso, quantas experiências, quantos grupos de discussão e estudo se pode participar.
Em relação ao curso, pelo menos até o momento, tenho me sentido bastante confiante, pois temos utilizado o Linux e já conhecia os programas e ferramentas. O moodle já estávamos utilizando no Curso do Lego, portanto, por enquanto, como relatei, está sendo tudo muito tranquilo. Veremos o que nos aguarda a partir de agora...
Abraços