sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Encontro final de 10 de dezembro

Nesse último encontro, os cursistas Getúlio e Maria Fátima deveriam apresentar o projeto, o que não aconteceu.
Socializei, então com os presentes, a apresentação que fiz em Balneário Camboriú sobre o curso oferecido em Jaraguá do Sul e uma mensagem com uma bela música e fotos dos cursistas como forma de homenagear o esforço dispendido durante esse ano nas leituras, atividades, blogues, desenvolvimento de relatórios, presenças nas oficinas, construção, aplicação e socialização dos projetos.
Foram muitas horas, talvez até mais que as trezentas que o curso foi programado para o desenvolvimento de todas as atividades.
Uma unanimidade há, entretanto: que o curso, fez-nos refletir, aprimorou a nossa prática e que os momentos que passamos juntos foram muito bons e sentiremos saudades uns dos outros!
Como formadora municipal quero agradecer e parabenizar a todos os participantes pelo esforço feito, pela abdicação de outras atividades e pela conclusão do curso.
Foi muito bom (g)estar com vocês!
Um grande abraço
Angelita

sábado, 5 de dezembro de 2009

Apresentação dos projetos 12 de novembro

Encontramo-nos, então, mais uma vez para a apresentação dos projetos. Havia um clima de muita ansiedade e um certo nervosismo entre os cursistas. A coordenadora do Gestar na rede municipal Helvia Tomaselli Krause estava presente assistindo às apresentações.
Lucimar e Shirley iniciaram apresentando o projeto delas, aplicado na E.M.E.F. Antônio Estanislau Ayroso, intitulado: Projeto de Incentivo à leitura. Nesse projeto, elas trabalharam com todos os anos finais, sendo que os nonos anos contaram histórias (especialmente contos clássicos) para os anos iniciais. Os oitavos anos trabalharam com fábulas e lendas, leram analisaram as caracteristicas do gênero e produziram textos que resultará em um livreto; os sétimos anos leram, declamaram, musicalizaram e escreveram poesias e os sextos anos trabalharam com alguns gêneros orais: parlendas, cantigas de rodas e trava-línguas. O projeto não havia sido totalmente concluído, estava ainda em andamento na apresentação, mas a diretora de escola em questão o considerou tão bom que há o compromisso de ser continuado no próximo ano.
Em seguida, apresentaram as cursistas Elaine e Cristina que aplicaram o projeto nos sétimos anos da E.M.E.F. Renato Pradi, intitulado: O desenvolvimento da conscientização da preservação do meio ambiente nas aulas de Língua Portuguesa. As professoras, a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, trabalharam construções de frases, discussões sobre aquecimento global e ações destrutivas do homem no meio ambiente. As ideias e conclusões do debate foram aproveitadas para artigos de opinião, lido para os colegas e postados nos blogs dos alunos. Os alunos, então, assistiram ao documentário: Alerta Verde - Mudanças climáticas; construíram resumos para posterior debate. Após, foram feitas leiuras em grupos, de cinco textos diferentes, sendo um texto para cada grupo. Após a leitura, houve a dramatizaçõs do texto e produção de histórias em quadrinhos. Houve ainda pesquisa na internet sobre o lixo, leitura da revista Sustentabilidade e produção de cartazes e socialização dos dados obtidos. As professoras pretendiam ainda um passeio pela cidade para conhecer a realidade do lixo - depósito, catadores, reciclagem...-, e socialização com toda a escola e distribuição de mudas de árvores, o que não foi possível.
O teceiro projeto a ser apresentado foi das cursistas Judite e Daniela que trabalharam o projeto: Leitura como atividade prazerosa no 9o. ano 02 da E.M.E.F. Maria Nilda Salai Stähelin. O projeto em questão partiu dapreocupação com a falta de interesse dos alunos em ler, especialmente textos mais longos. Então, as professoras partiram da premissa que o interesse do aluno pela leitura depende também de como o professor propõe a leitura dos textos escolhidos, ou ainda do próprio entusiasmo e conhecimento do professor em relação à leitura oferecida. Partindo desse foco, elas trabalharam uma sequência didática com crônicas, de forma dinâmica e divertida, já que as crônicas selecionadas foram as de humor. As professoras então levaram várias crônicas de diversos autores brasileiros aos alunos que leram, discutiram, definiram, caracterizaram, dramatizaram, continuaram mudando o final, prodiziram crônicas. Em cada leitura, as professoras procuraram ativar os conhecimentos prévios , desenvolver o senso crítico, ler com entonação e desenvoltura em grupos, analisar a coerência e coesão dos textos, perceber a criatividade no tratamento dos temas que resgatam cenas cotidianas que, a princípio, poderiam não ter importância alguma.
A próxima cursista a apresentar foi Dayane que trabalha no municipio vizinho de Massaranduba, na Escola Ministro Pedro Aleixo. Como na escola dela não há contação de histórias, a professora trabalhou com as oitavas séries o projeto As oitavas séries contam histórias. Os alunos então revisitaram os contos clássicos, decoraram, ensaiaram e fizeram contações de histórias para os alunos dos anos iniciais. Sempre vestidos a caráter e procurando encantar as crianças, os alunos surpreenderam ao realizar a atividade, de forma que já foi solicitado que o projeto se repita no próximo ano.
Em seguida, tivemos a cursista Dania que aplicou o projeto Instrumentos de cidadania que surgiu a partir de uma notícia do jornal A Notícia sobre uma moça que não conseguira retirar o seguro-desemprego porque seu CPF constava como pessoa falecida. A professora então trabalhou com eles o gênero documentos pessoais, a importância deles, documentos que uma pessoa acaba precisando durante a sua existência, a idade que se precisa ter para cada documento, o que é necessário e como proceder para adquiri-los. Os documentos da esfera da escola, da igreja, do mundo do trabalho, para viajar... Enfim, documentos são essenciais para a cidadania. Os alunos trouxeram os documentos, leram, classificaram, procuraram entender as informações ali contidas e perceberam o quanto eles são importantes para nós. O resultado foi muito positivo, pois além dos alunos estarem muito interessados a professora atraiu também o apoio das famílias que perceberam a importância do projeto. A professora pretendia ainda levar os alunos para fazerem carteiras de identidade, mas não foi possível, infelizmente, devido aos custos.
As cursistas Elizângela e Débora também trabalharam com um projeto de incentivo à leitura, intitulado A hora da leitura. Nesse projeto, as professoras procuraram apresentar e refletir sobre a importância da leitura nas escolas Machado de Assis e Atayde Machado. O projeto consistiu em envolver as duas escolas em dez minutos de leitura, no começo das aulas. Nesse período, toda a escola parou e leu, todos as turmas, funcionários, professores, envolveram-se com a leitura, dedicando-lhe toda a importância que ela, de fato, tem.
O professor Getúlio e a professora Maria Fátima não apresentaram e deverão fazê-lo no dia 10 de dezembro, quando será o nosso último encontro de avaliação.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sessão coletiva de 20/10 TP 6 unidades 23 e 24

Essa foi a nossa última sessão coletiva para discussão dos TPs e socialização das atividades. Os sentimentos são ambíguos: alívio por estarmos terminando e certeza da falta que sentiremos das nossas socializações.
Nesse encontro, discutimos a importância da revisão e edição, considerando o fato de que os escritores iniciantes seriam aqueles que se preocupam sempre com o próximo item a ser desenvolvido, como se estivessem conversando com o seu interlocutor. Assim, o texto é escrito utilizando estratégias ingênuas, para descrever e contar o que pensa ser importante para terminar a redação. Não há ainda uma concentração na produção de significados próprios dos processos comunicativos escritos.
Portanto, para transformar a escrita do aluno, é importante que as aulas de Português contemplem as práticas de leitura e escrita que oportunizem a construção do conhecimento do uso e das funções da escrita. A escola é o lugar da reflexão e da transformação dessas práticas que devem ser planejadas em uma sequência de leitura e escrita, buscando desenvolver a “voz” dos alunos.
É importante refletir sobre o planejamento, sobre o diálogo com o leitor, que é, afinal, o texto na modalidade escrita, sobre a importância da revisão, das versões, do distanciamento do texto, das frases avaliativas e diretivas e acerca da edição que é um último olhar, para que o texto seja considerado (mesmo que provisoriamente) pronto.
A reflexão seguinte foi sobre a literatura para adolescentes. Discutimos as informações do TP: as crianças leem, a família é fator importantíssimo na construção de leitores, a dita literatura para adolescentes é ainda muito restrita, apesar de ser um filão econômico.
Discutimos que cabe à escola a aproximação entre os alunos e a boa literatura e a leitura de livros mais longos.
Analisamos as afirmações sobre os assuntos que mais atraem os adolescentes, como o seu próprio mundo, com as complicadas relações familiares, os primeiros namoros, as ansiedades e inseguranças próprios da idade. Também atraem os adolescentes as narrações com feitos heróicos, a ficção científica, os problemas sociais, as injustiças, preconceitos e, por outro lado, o humor igualmente atrai esse leitor específico.
Em grupos, os professores fizeram uma sequência de atividades e sugestões de títulos de leituras literárias que serão postadas em seus blogs.
A apresentação dos projetos ficou marcada para dia 12/11/2009, pois o último encontro de formadores seria nos dias 19 e 20 de novembro, agora adiado sem data fixa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sessão coletiva de 06/10 do TP6 unidades 21 e 22

Nessa oficina, os professores apresentaram os pré-projetos deles, sendo que a maioria optou por trabalhar com leitura, seja em contação de histórias (Dayana), seja em um trabalho sistematizado com crônicas (Daniela e Judite), envolvimento de toda a escola em momentos diários de leitura e mudança de atitudes (Débora e Elizângela), em um trabalho sistematizado com contos (Mária Fátima). A professora Dania está trabalhando com gêneros documentos - os documentos que nos acompanham ou que são necessários durante a vida, o professor Getúlio, com a tradição cultural indígena, entre outros projetos.
Discutimos, então, sobre argumentação e linguagem, considerando que toda vez que nos comunicamos, buscamos fazer algo, impressionar o outro, buscar reações, convencê-lo. Esse é um uso argumentativo da linguagem em seu sentido mais amplo. Portanto, somos seres argumentativos porque objetivamos algo com o uso da linguagem. Já que há em toda a manifestação linguística uma argumentatividade mais ampla, é necessário observar, entretanto, haver enunciações que têm por objetivo mais explícito convencer, persuadir, ou seja, buscam uma reação do interlocutor ou modificação do modo de ver o mundo.
Ao falar sobre argumentação, é interessante mostrar textos que não são explicitamente argumentativos e refletir sobre a argumentação dos próprios alunos, uma vez que esse recurso é bastante utilizado por eles, quando querem algo dos pais, do professor, do amigo...
Discutimos então sobre os diversos tipos de argumentação que se pode lançar mão para convencer, persuadir...Como argumentos baseados no senso comum, em provas concretas, argumentação por ilustração, por exemplos, de autoridade, por raciocínio lógico, utilização de estudos científicos, apelo às sensações físicas do leitor, recomendações em forma de ordem ou instruções, diálogo com o leitor apresentando motivos ou justificativas. O argumento, obviamente, pode apresentar problemas de incoerência com a realidade ou com o próprio tema apresentado. Assim, quanto mais vaga ou genérica for a ideia apresentada, mais chance terá o interlocutor de contra-argumentar. Portanto, não é possível convencer com argumentos fracos, falsos ou incoerentes. Uma boa argumentação depende da clareza, do objetivo da tese a comprovar e da solidariedade dentre os argumentos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sessão coletiva de 22/09 TP 2 Unidades 7 e 8


Nessa sessão coletiva, iniciamos com a socilalização das atividades aplicadas em sala e descritas em relatório. Em seguida, discutimos a função da arte e suas formas e a importância de se oportunizar aos alunos a fruição de obras de arte. Analisamos que algumas formas de se fazer isso, pode ser, levando para a sala:
Discos de música erudita ou de boa música brasileira;
Filmes de boa qualidade;
Imagens de quadros ou esculturas.
Ou ainda, levando-os para visitar:
Edificações históricas, com seus significados;
Exposições ou movimentos artísticos;
Espetáculos, feiras de livros, mostras literárias;
Conversando com escritores da cidade;
Escrevendo a autores de obras lidas ou estudadas pela turma.

Relembramos que as obras de arte podem ser visuais ou auditivas, mas que a modernidade e pós-modernidade têm feito rupturas nas classificações mais tradicionais, sejam quais forem.
Em se falando de arte, é fundamental se reportar ao sentido conotativo, pois é a conotação que permite as múltiplas significações do texto, opondo-se à objetividade do texto informativo ou científico. e, justamente, por traduzir interpretações, ligações feitas por determinados sujeitos e não por todos, o sentido conotativo varia de acordo com o interlocutor (sua história, seus conhecimentos prévios).
Refletimos, nesse contexto utilitário em que vivemos, sobre a importância da inutilidade da arte, pois ela serve "apenas" para à (re)interpretação do mundo, para aflorar, em nós, a fantasia, a interpretação da realidade, a conotação e a paixão pela forma. Assim, leitura de imagens ou de palavras é tão carregada de sentidos que estão presentes tanto na imagem e na palavra como no seu leitor/interlocutor.
Em relação às figuras de linguagem, discutimos o quanto elas estão presentes na linguagem cotidiana, na publicidade e quanto auxiliam na expressividade de sentimentos e emoções.
"É como se os significados mais convencionais das palavras e sua organização corriqueira não fossem suficiente para dar conta de nossos sentimentos. Resolvemos, então, inverter a ordem das palavras, usá-las com outro sentido, fazer comparações - tudo para, consciente ou inconscientemente, escancarar nossas emoções, não deixar dúvidas sobre o que falamos." Relata-nos, Maria Antonieta Antunes Cunha, no nosso TP 2, autora dessa unidade.
E na linguagem literária, poderíamos dizer que, talvez a ideia seja justamente deixar dúvidas, plurissignificar...
Relembramos então algumas das figuras mais comuns e presentes, como metáfora, metonímia, prosopopeia, hipérbole, antítese, ironia, onomatopeia, pleonasmo, aliteração e assonância. Para exemplificar o quanto as figuras são presentes nos meios de comunicação, observamos alguns anúncios que se utilizam muito dessas figuras, como aquele no início desse texto, em que há o uso de metonímia.
Após a avaliação da oficina, verificamos que as próximas duas unidades de estudo serão sobre leitura e processos de escrita, quando veremos argumentação e linguagem e planejamentoe escrita.

Oficinas extras 15/09

Nessas duas oficinas de 4 horas cada, tivemos dois momentos distintos. Na parte da manhã iniciamos com a socialização de uma atividade desenvolvida por cada um dos cursistas do Gestar, bem como um breve relato sobre as questões teóricas que levaram àquela determinada prática. Os relatos foram feitos porque, nesse momento, estavam reunidos todos os professores de Língua Portuguesa da rede municipal e a intenção era justamente mostrar a importância das atividades e das discussões teóricas que o curso propicia, uma vez que pretendemos oferecê-lo novamente em 2010, e para tanto já recebemos do MEC mais 30 conjuntos de materiais do Gestar
Após a socialização, fizemos uma discussão sobre os três tipos de ensino de gramática: o ensino prescritivo, o ensino descritivo e o ensino reflexivo. Citamos Magda Soares, pois ela propõe que o ensino de gramática seja basicamente voltado para uma gramática de uso e uma gramática reflexiva, tendo em mente sempre a interação específica de comunicação, lembrando que a comunicação se dá por texto e não por palavras isoladas.
Assim, defendemos que uma proposta para um ensino reflexivo de gramática, consista em:
Perguntar quais seriam as alternativas de recursos linguísticos a serem utilizados; Comparar os efeitos de sentido que podem produzir em cada situação comunicativa; Comparar os efeitos de sentido que um recurso, ou diferentes recursos, podem produzir em diferentes situações de interação comunicativa.
Pretendíamos ainda trabalhar com a organização final de uma prova, que foi iniciada na oficina extra de julho, cujo assunto era a Prova Brasil. Naquele encontro, além de estudarmos e analisarmos os descritores, o grupo trabalhou em cima de uma prova diagnóstica das habilidades de leitura, baseada na Prova Brasil, para os sétimos anos, com o intuito de trabalhar com os descritores da prova. For falta de tempo, no entanto, essa organização ficará para um outro momento.
Na parte da tarde, a jornalista e escritora Sônia Pillon apresentou seu livro de crônicas baseadas em histórias ocorridas com personagens reais e fictícios de Jaraguá do Sul : “Crônicas de Maria e outras tantas – Um olhar sobre Jaraguá do Sul”.
Em um segundo momento, participamos de uma Oficina de Leitura com as autoras Cristina Marques e Tânia, do Instituto Evoluir. As autoras sensibilizaram os professores para o trabalho com literatura em sala de aula e apresentaram algumas sugestões de atividades e estratégias através das quais pode-se explorar, de forma lúdica e atrativa, as características dos gêneros literários, bem como realizar a leitura individual e compartilhada de obras dos mais diversos gêneros.
Houve também a apresentação do Projeto Troque Lixo por Livro e a apresentação dos livros que são distribuídos aos alunos nas unidades escolares em que o projeto é implantado, visto que, no próximo ano letivo, o projeto será lançado na rede municipal de ensino.
A avaliação do encontro foi bastante positiva, pois os professores a consideraram muito produtiva.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Inclusão digital


Aproveito o meu blog já existente como formadora do Gestar para postar as minhas experiências no curso de inclusão digital.
Confesso que até o ano passado, eu era uma usuária tímida do ATE. Participei, sempre em parceria com outros professores, especialmente a profª Ivana de Língua Portuguesa e a Profª Regina de Artes de projetos de aprendizagem. Fora isso, utilizei poucas vezes o ambiente, mesmo porque na Antônio Ayroso, antes da chegada dos computadores novos, tínhamos quatro, cinco máquinas, em média, funcionando para turmas de 25 a 35 alunos. Hoje, vejo quantas oportunidades de ensino-aprendizagem incríveis podem possibilitar o uso do ambiente. A quantas informações se pode ter acesso, quantas experiências, quantos grupos de discussão e estudo se pode participar.
Em relação ao curso, pelo menos até o momento, tenho me sentido bastante confiante, pois temos utilizado o Linux e já conhecia os programas e ferramentas. O moodle já estávamos utilizando no Curso do Lego, portanto, por enquanto, como relatei, está sendo tudo muito tranquilo. Veremos o que nos aguarda a partir de agora...
Abraços

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sessão coletiva de 08/09 (Unidades 5 e 6 do TP2)

Nessa sessão, iniciamos com a apresentação das atividades desenvolvidas com os alunos. O professor Getúlio aplicou a atividade da página 51, a troca dos bilhetes com os alunos para discussão sobre frase, oração e período. Além disso, os alunos construíram histórias em quadrinhos. A professora Dania trabalhou com a questão da pontuação e entonação. A professora Elaine trabalhou a questão da leitura da imagem com ilusão de óptica, atividade desenvolvida também pela cursista Cristina que procurou trabalhar a dificuldade dos alunos em olhar as particularidades e não somente o todo. Elizângela trabalhou com produção de texto coletivo a partir de leitura de imagem e as professoras Judite e Daniela trabalharam com provérbios, realizando uma atividade de intertextualidade com a música Bom conselho de Chico Buarque de Hollanda e com as explicações de alguns provérbios no Guia dos Curiosos de Marcelo Duarte.
A cursista Maria Fátima trabalhou a atividade do AAA da página 41, sobre a entonação e o sentido da frase. As cursistas Elisa, Lucimar e Shirley não conseguiram terminar as atividades por questões de organização das escolas e irão apresentá-las em outro encontro. Devido às fortes chuvas e ventos na noite anterior e durante o dia do encontro (que causou muitos estragos na cidade e região), tivemos poucos cursistas presentes na oficina.
Após a socialização das atividades, discutimos as questões referentes à análise linguística, aos tipos de gramática e o estudo delas: normativa e o estudo preditivo, a gramática descritiva e o estudo reflexivo e a gramática internalizada e o estudo produtivo da língua. Discutimos a importância de trabalhar a própria linguagem do aluno, seja em produções orais ou escritas, para levá-los à percepção de outras possíveis enunciações e que a língua, por ser um sistema aberto, permite várias possibilidades (variedades) adequadas ou não a cada situação comunicativa. É nosso papel aproximá-lo da norma padrão - a variedade culta - não para negar sua variedade, mas para ter acesso a documentos oficiais e poder utilizá-la sempre que necessário.
Fizemos a avaliação da oficina e anunciamos os próximos assuntos: A frase e sua organização e Linguagem figurada.

Encontro presencial de 25/08 (unidades 3 e 4 do TP 1)

Iniciamos com a socialização das atividades da seção "Avançando na prática" das duas primeiras unidades do TP 1. Após, discutimos o assunto das duas últimas unidades desse TP: texto e intertextualidade.
Para iniciar, trouxe um recorte dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p.23) sobre a utilização de textos como base do trabalho nas aulas de Língua Portuguesa:

"A importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente segundo as demandas sociais de cada momento. Atualmente, exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes dos que satisfizeram as demandas sociais até há bem pouco tempo - e tudo indica que essa exigência tende a ser crescente. A necessidade de atender a essa demanda obriga à revisão substantiva dos métodos de ensino e à constituição de práticas que possibilitem ao aluno ampliar sua competência discursiva na interlocução. Nessa perspectiva, não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de estratos – letras/fonemas, sílabas, palavras, sintagmas, frases – que, descontextualizados, são normalmente tomados como exemplo de estudo gramatical e pouco têm a ver com a competência discursiva. Dentro desse marco, a unidade básica do ensino só pode ser o texto."

Discutimos sobre o conceito de texto, pacto de leitura e intertextualidade: paródia, pastiche, paráfrase, citação, referência, epígrafe e alusão e sobre o ponto de vista, que é o lugar ou o ângulo de onde cada interlocutor participa do processo de interação.
Dando continuidade, falei sobre as visitas que serão feitas a cada cursista em sua escola, em aulas que estejam sendo desenvolvidas atividades do curso.
Novamente discutimos a necessidade de atualizar e visitar os blogs, bem como postar comentários nos blogs dos colegas. Para o mês de agosto, foi solicitada, como postagem, uma atividade desenvolvida no Gestar, preferencialmente com produções e fotos dos alunos.
Para o projeto, solicitei que entre as referências bibliográficas estejam os Parâmetros Curriculares Nacionais e o material do Gestar II.
Fizemos a avaliação da oficina e levantamos as expectativas para o estudo do próximo TP: processos de escrita.

Sessão coletiva de 11/08 (TP 1, unidades 1 e 2)

Nesse primeiro encontro que marca a segunda parte do curso Gestar, os professores foram recepcionados com um cartão marcador de páginas e com um CD ROM com os TPs e AAAs digitalizados para facilitar a busca e uso com os alunos, dos materiais do curso.
No início, refletimos sobre os relatórios da primeira parte do curso e entreguei a eles uma folha com os questionamentos e cobranças da formadora da UNB, Tamar, sobre o caráter de ação/reflexão/ação que o trabalho em sala deve ter, especialmente a partir do curso. Assim, falamos sobre os critérios com que as atividades foram selecionadas, os temas, os gêneros contemplados, como foi aplicada a atividade, que facilidades ou dificuldades enfrentou, quais problemas ficaram mais evidentes nas produções, se foram resolvidos, que intervenções foram feitas a partir disso, se houve reestruturação ou reescrita... Enfim, vários itens que procuram tornar mais claros e específicos o trabalho e os resultados obtidos com ele.
Em seguida, falamos sobre o andamento dos projetos e sobre a necessidade de atualização dos blogues.
Discutimos sobre as duas oficinas extras do dia 15 de setembro sobre gêneros literários com a autora Cristina Marques e comigo, quando os cursistas do Gestar irão socializar cada um, uma atividade do "Avançando na prática" para os demais professores da rede municipal, entre outros assuntos.
Após uma parada para um gostoso cafezinho e lanchinho (pois, afinal, ninguém é de ferro), discutimos sobre as variantes linguísticas, assunto das duas unidades em questão: norma, dialeto (regional, etário, sociocultural, de gênero e profissionais) , idioleto, registro (formal, informal, status, tecnicidade, norma, cortesia), texto literário e a infração consciente de regras (estilística) e a escrita como modalidade artificial da língua.
Por fim, em grupos, distribuí algumas questões (de um total de 40), para relembrarmos e retomarmos conceitos vistos nos TPs 3, 4, 5 e na primeira metade do TP 1.
Foi uma noite bem produtiva!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Oficina de 14 de julho

Essa foi nossa última oficina antes do recesso escolar, que fechou o primeiro ciclo do curso, com os TPs 3, 4 e 5 discutidos. As unidades bases para o encontro presencial foram as unidades 19, sobre coesão textual e 20, sobre as relações lógicas no texto. Discutimos a importância da coesão nos textos e, portanto, a percepção dos elementos coesivos pelos alunos. Revimos a coesão sequencial, a referencial e a progressiva que, juntamente à coerência, são responsáveis pela construção de sentidos nos textos. Vimos as questões lógicas dos textos (temporalidade, identidade) as pistas que garantem a textualidade, a negação como elemento que pode representar exclusão, rejeição, ou ainda, possibilidade de uma informação, um fato ou uma ideia.
Na parte de socialização das atividades, foi possível observar uma variedade grande de atividades:
As professoras Cristina, Dania e Elizangela trabalharam com a coesão do texto, através dos quebra-cabeças de imagens. Cristina aproveitou para trabalhar o verbo no texto e slogan, e Elizangela e Dania, a coesão através de pronomes. A cursista Dayane trabalhou com a lógica nas HQs: preenchimento de balões criando sequência lógica e criação de história em quadrinhos. A professora Elaine trabalhou com a desconstrução da coerência através de provérbios; Geosânia e Silmara trabalharam com o texto "Palavra" e com as ligações léxicas e emocionais possíveis através delas. Lucimar e Shirley trabalharam a construção da coerência com um texto fora de ordem. O único representante do sexo masculino, professor Getúlio, trabalhou com o planejamento na construção da coesão, coerência e sequência dos fatos no texto.
Discutimos o andamento dos projetos, o calendário para o segundo semestre e acessamos os blogs, pois alguns professores estavam com dificuldades ao fazê-lo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Oficina de 30/06 TP 5 Unidades 17 e 18

Iniciamos a oficina com a socialização das perguntas formuladas por mim e pelos cursistas a partir do texto "Educação ou Pena de Morte", houve questões muito bem estruturadas e pertinentes. Fizemos uma reflexão sobre a importância de perguntas bem formuladas, com objetivos diferentes para levar os alunos ao desenvolvimento de habilidades de leitura.
Após, houve a socialização e reflexão das atividades aplicadas da seção "Avançando na Prática": A professora Daniela trabalhou com o texto "Este admirável mundo louco" de Ruth Rocha, bem como características das produções da autora. Depois, leu com os alunos o texto "Camping", explicou o gênero "diário" e solicitou a continuação do texto. Segundo ela, os meninos tiveram mais dificuldades, justamente por não terem o hábito de escrever diários. Apesar disso, as produções ficaram muito boas. O cursista Getulio trabalhou coesão textual a partir do texto "Nossas cidades", entregando-o aos alunos, com os parágrafos fora de ordem, para que eles percebessem a sequência lógica dos mesmos. Apesar da maioria não ter colocado na ordem inicial, relatou o professor, os textos ficaram compreensíveis e ele relatou a importância da sequenciação textual. Em seguida, foi trabalhado o glossário nos sentidos conotativo e denotativo, como ampliação de vocabulário. Para fechar, Getúlio promoveu uma discussão frutífera sobre as cidades brasileiras, comparando-as com Jaraguá do Sul.
As cursistas Silmara e Geosânia aplicaram a mesma atividade em um 9º e um 7° ano, respectivamente. Silmara relatou dificuldades de compreensão e entendimento dos alunos e Geosânia, ao contrário, surpreendeu-se com o envolvimento e produção da turma.
A cursista Dayane trabalhou com uma turma de 8ª série, a proposta de narrativa sobre o cotidiano dos alunos. Após a oralidade informal em sala, ela os levou ao pátio da escola, reunindo-os em pequenos grupos que deveriam contar algo que considerassem importante ou curioso. Ao voltar à sala, foram solicitados a escrever os temas que surgiram. A partir daí, em outras aulas, a professora deu continuidade ao trabalho que resultou em narrativas de acontecimentos que os marcaram. Muitos pontos positivos foram apontados pelos alunos na avaliação do trabalho que teve ótimos resultados. A professora Elizangela que aplicou a mesma proposta, constatou, a partir de reclamações, que os alunos daquele 9º ano não gostam de escrever, mas, após muitas conversas e trocas de ideias, todos os alunos se envolveram e produziram.
A professora Maria Fátima aproveitou o "Dia da Ecologia" para refletir sobre o termo ecologia . A partir de uma imagem publicada em um jornal local, ela leu o texto "Sempre em boa companhia" de Raquel V. Marques e Maria A. S. Alves. Após a reflexão sobre o texto e a relação da personagem "Chauá", um papagaio, com a imagem anteriormente apresentada, foi discutida a
questão da extinção de animais e os alunos produziram um cartão-postal, gênero previamente explicado pela professora.
A cursista Shirley e a cursista Lucimar apresentaram aos alunos o excerto do texto "Camping", explicaram as características do gênero "diário" e solicitaram-lhes a produção de uma página de diário. Na avaliação, Shirley considerou que a atividade foi relevante, pois exigiu dos alunos reflexão, concentração e seleção de informações pertinentes à escrita. Voluntários leram suas produções, compartilhando-as com colegas e professora; Lucimar disse ter sido importante conhecer um pouco mais sobre o presente e passado dos alunos e com a discussão sobre acontecimentos marcantes para eles.
Cristina, igualmente, trabalhou a continuação do diário. Os alunos atribuíram-lhe sequência lógica e desfecho. Alguns conseguiram perceber a ironia presente na não percepção explícita da locutora do devastamento e destruição do meio-ambiente e outros, não. Sugeri-lhe que apresentasse o texto completo e discutisse com eles essa questão.
A professora Dânia partiu do texto "Esse admirável mundo louco" para trabalhar várias obras de Ruth Rocha, bem como procedimentos de leitura, enfatizando a oralidade, em um trabalho bem interessante.
Após as explanações, lemos um texto sobre estilística e coerência, refletimos sobre as escolhas conscientes - estilo - e sobre o sentido do texto - coerência. Li frases sem coerência e, por isso, muito engraçadas, para podermos analisar a falta de coerência pela repetição, pela falta de progressão do texto, pela contradição e pela falta de relação. Marcamos o próximo encontro, dia 7 de Julho, uma oficina extra sobre o uso do jornal em sala de aula, com a participação de Kelly Rosa, supervisora pedagógica do jornal AN ( A Notícia).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

07/07 Oficina extra: encontro com AN Escola (Jornal A Notícia)

A expectativa inicial era que se compartilhasse formas de se trabalhar o jornal em sala de aula, já que a rede assina vários jornais disponibilizados em salas de aula, porém, a supervisora pedagógica do AN Escola, Kelly Rosa, deu-nos sugestões para criação de um jornal escolar: matérias, materiais, captação de recursos, parcerias. Realizamos, em grupos, atividades de seleção e de intergenere-cidade utilizando exemplares de jornais trazidos por ela, fizemos a socialização, com algumas atividades bem criativas.
Foi um momento de troca de angústias e ideias. O jornal escolar pode ser não somente um importante portador dos textos dos alunos, transcedendo a sala de aula, professor e colegas de turma, mas também uma situação socio-comunicativa real para construção e leitura de gêneros variados.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Oficina extra de 25 de junho

Na oficina extra, discutimos a Prova Brasil, a partir das matrizes de referências, dos descritores, das competências e das habilidades de leitura. A oficina foi muito proveitosa, pois os descritores e a análise feita, permite-nos criar, ampliar ou otimizar estratégias de leitura. Foi interessante, também, constatar que muitas habilidades avaliadas na Prova Brasil já haviam sido analisadas por nós, no TP 4, nas unidades 13, 14 e 15. Além da análise, em grupos, foram criadas questões, baseadas nos descritores, utilizando textos previamente selecionados por mim, dos AAAs e dos TPs, que, após organizados em uma prova, poderão ser aplicados aos sétimos anos, como avaliação diagnóstica das habilidades de leitura presentes nos descritores. Será a nossa "Prova Jaraguá".

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Oficinas extras

No dia 25 de junho, teremos uma oficina extra, juntamente com os professores da rede municipal que não estão participando do Gestar, sobre a Prova Brasil e no dia 7 de julho, alguns representantes do jornal "A Notícia" de circulação estadual, farão outra oficina extra, com ideias e subsídios para o trabalho com jornal em sala de aula, já que a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul assina quatro jornais para cada sala de aula da rede, a partir do terceiro ano e ainda para a sala dos professores. Consideramos as duas oficinas importantíssimas, pois, na primeira, veremos no que a Prova Brasil pode nos fazer avançar em relação à leitura e, na segunda, como aproveitar melhor o suporte jornal, que é um portador de textos reais, de gêneros variados e com uma possibilidade enorme de atividades de leitura e escrita.

Oficina do dia 9/6. TP4, unidades 15 e 16

Começamos com a socialização das atividades desenvolvidas em toda a TP4. As atividades relatadas foram bem diversificadas e com um ponto em comum: não lembro de nenhum cursista ter dito que os alunos não gostaram de fazer aquelas atividades, pelo contrário, os relatos foram de participação e empenho. Houve quem passeou com os estudantes pelo entorno da escola e relatou em cartazes a percepção de textos que encontraram; quem trabalhou com a cultura presente nas festas locais, quem trabalhou com o texto "Nossas cidades", quem mobilizou os alunos a pesquisarem assuntos de sua preferência e ainda a análise de "Cidadezinha Qualquer" de Drummond, ou seja, todas as propostas foram contempladas. Discutimos os questionamentos feitos a partir do texto: o que perguntar, como e para quê. E ainda a produção textual.
Optei por não realizar a atividade proposta no TP e entreguei a eles o texto "Educação ou pena de morte?" de Milton Gamez, publicado originalmente na revista Istoé em 21/02/2007, e pedi aos grupos para formularem perguntas que contemplem os objetivos descritos a seguir:
1. Uma pergunta que aborde clara e diretamente uma (s) informação (ões) apresentada(s) no texto;
2. Uma pergunta que exija do leitor uma busca mais cuidadosa, para a qual ele deve fazer algum tipo de inferência;
3. Uma pergunta que peça ao leitor uma resposta pessoal, baseada nos seus valores, sua percepção de mundo, da sociedade;
4. Uma pergunta que diga respeito ao gosto pessoal, a preferências e aversões.
5. Uma pergunta que leve o leitor a relacionar o texto a outros textos e/ou outros posicionamentos;
6. Uma pergunta que o leve a perceber o gênero do texto ou o portador (suporte);
7. Uma pergunta que o faça perceber efeitos que a pontuação pode conferir ao texto;
8. Uma pergunta que o faça perceber elementos coesivos no texto.
9. Uma pergunta que o leve a identificar o teor de cada parágrafo ou de determinados parágrafos.

Os professores-cursistas começaram a redigir, mas não conseguiram me entregar, então levaram para casa a tarefa de terminar e me mandar por e-mail para que eu possa projetar no próximo encontro e discutirmos se as perguntas são pertinentes, bem formuladas e, se, de fato, levam o aluno a compreender melhor o texto.

Oficina do dia 26/05. TP4 unidades 13 e 14

Iniciamos discutindo os assuntos do TP 4 Letramento, diversidade cultural e processos de leitura. Foi uma conversa muito proveitosa, com a percepção do ambiente letrado no nosso entorno e da valorização da cultura dos alunos. Nesse encontro, excepcionalmente, não fizemos a socialização das atividades, pois houve, novamente um desabafo em relação à angústia de não poder aplicar as atividades e fazê-las em tempo hábil. Solidarizei-me com eles e os encorajei à continuidade, flexibilizando o prazo para os que realmente necessitavam. Fomos até o Núcleo de Tecnologia Educacional, visitamos os blogs, "linkamos-nos" e começamos a postagem do memorial do leitor, de cada cursista. Refletimos sobre o que é um "mergulho no texto" - nossa próxima oficina.

Oficina do dia 12 de maio: TP3 unidades 11 e 12.

Os cursistas apresentaram as atividades desenvolvidas com os alunos. A escolha se deu em turmas por afinidades, por apresentarem mais dificuldades, ou pelos professores considerarem que a atividade proposta seria pertinente a tal grupo. Houve uma variedade dentro das possibilidades, desde o jogo para descrever o objeto, a produção textual com a foto, os gêneros jornalísticos, intergenerecidade textual (receita para uma vida feliz, bula do remédio para curar males do amor...), também houve relatos positivos em relação às atividades apresentadas e à estruturação do TP. Entretanto, os cursistas reclamaram da falta de tempo, da angústia que sentem pela quantidade de atividades e que, por vezes, temem não dar conta. Começou a haver faltas e alguns cursistas pensaram em desistir, mas conseguimos convencê-los da importância do curso e eles voltaram. Outros, no entanto, desistiram no segundo encontro.
Após os relatos, conversamos então, sobre gêneros e tipos textuais e a intergenerecidade. Socializamos as atividades feitas na oficina anterior (poema e música) e fizemos coletivamente a atividade a partir do delicioso texto de Jô Soares: Salário Mínimo.. o gênero textual, a fu~ção comunicativa, o formato. Lancei a pergunta sobre Letramento, nosso próximo assunto e marcamos para dia 19 de abril um encontro para estudo e busca de temática para o projeto e para dia 26, encontro do TP4 unidades 13 e 14.

28 de abril: Primeira oficina da TP 3: unidades 9 e 10.

Os professores iniciaram apresentando as atividades que desenvolveram em sala de aula: a grande maioria optou pela biografia, seguindo o que a proposta sugeria ou enriquecendo-a com: biografias de ídolos dos alunos, de professores e funcionários da escola que foram anteriormente entrevistados, das mães (que aproveitaram e as presentearam com os textos no dia das mães). Houve dificuldade, segundo o relato de escrever deles mesmo, usando a 3º pessoa. A professora Maria Fátima trabalhou a identificação de gênero, proposta no AAA3 e a professora Judite com as fábulas, aproveitando toda uma reflexão sobre o trabalho, tema do TP3, já que havia a proximidade do dia do trabalho. Todos acharam o resultado das atividades muito boas.
Confesso que nesse dia estava bastante ansiosa, esqueci meu pendrive com o material que tinha preparado e fiquei tensa. Ainda assim, falei sobre os gêneros, suporte, domínio discursivo e importância dos gêneros no processo de ensino-aprendizagem. Houve a dúvida se a fala tem suporte e, se tem, qual é e, houve, também, um questionamento sobre gestos e Linguagem Brasileira de Sinais.
Os professores sentaram-se em grupos e formularam atividades com o poema de Manuel Bandeira e com a música. Muitas atividades interessantes foram formuladas, mas não houve tempo para a socialização. Marcamos nosso próximo encontro para 12 de maio.

Relatório das oficinas

Oficinas dos dias 7 e 14 de abril (introdutórias)

Nestas duas oficinas começamos por nos apresentar, fazendo os três nós em uma fita, e falar do nosso memorial do professor. São tantas histórias parecidas e ao mesmo tempo singulares! Distribuí o material e começamos a analisar a TP 3, de acordo com sua estruturação. A partir daí discutimos as expectativas em relação ao curso e à aprendizagem. A estrutura do curso, os requisitos, responsabilidades de cada um, encontros presenciais.
No dia 14, começamos a criação de blogs, com o memorial de professor, discutimos o formato e possibilidades do projeto e começamos a discussão dos gêneros. Distribuí vários textos e os cursistas os classificaram mostrando ter bastante clareza em relação aos gêneros. Discutimos toda a classificação Literário, não literário... e marcamos o próximo encontro para o dia 28 de abril.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Letrar é preciso...

Letrar é preciso...

Todo o nosso viver é permeado pela comunicação: é nela e por ela que nos constituímos como sujeito. O nosso discurso, as nossas escolhas lexicais, a nossa intencionalidade (consciente ou não) é revelada no nosso texto (oral ou escrito). Quanto maior for a nossa competência discursiva, melhor será a interação com o mundo que nos cerca.
O letramento, objetivo maior da disciplina de Língua Portuguesa, consiste em permitir que o aluno aproprie-se de ferramentas de comunicação, para que, conscientemente, sabendo utilizá-las, expresse seu pensamento de forma competente e consiga ler/entender o discurso do outro com toda a sua intencionalidade revelada ou nas entrelinhas.
O letramento não é processo fácil. É preciso desenvolver habilidades e atitudes frente ao discurso. É preciso, não apenas ler o texto, mas ler o mundo da comunicação, multifacetado. É preciso conseguir expressar-se de modo que o interlocutor, além de entender o enunciado, perceba o discurso do locutor com toda a sua plenitude significativa.
Para que isso aconteça, é necessário que o aluno seja um leitor-escritor. Leitor e escritor de vários gêneros textuais ( literário, não-literário, verbal, não-verbal, multimodal). Ao tornar-se íntimo de todas as formas de comunicação em nossa língua (variedades padrão e não-padrão, por exemplo), ele conseguirá empregá-las para quaisquer objetivos: seja convencer, questionar, expor idéias, emocionar... A língua por ser um sistema aberto, possibilita uma enorme variedade de usos.
As aulas de Língua Portuguesa, então, se devem se constituir da recepção e produção dos mais diversos gêneros textuais, presentes em todo o nosso dia-a-dia e de gêneros literários. A oportunização de uma gama diversificada de textos – e o estudo deles – objetiva levar o aluno a perceber que cada texto tem um porquê, um para quê e um como. Ou seja, tem uma função, uma intenção e uma estrutura e por isso é formado de elementos estáveis selecionados dentro da língua. À medida que esse processo é internalizado, a competência linguística vai se efetivando.
É preciso lembrar que todo usuário da língua já tem uma gramática interna, que adquire ao aprender a falar. Não é possível utilizar uma língua sem utilizar a sua gramática. A concepção de ensino das regras que regem a língua portuguesa que se pode abordar é , partindo dessa gramática interna, ou implícita, levar o aluno a refletir sobre as normas da língua padrão, objetivando, não a memorização de conceitos, mas o entendimento e a aplicação dessas normas para desenvolver a própria competência como usuário da língua.
A gramática, portanto não pode ser vista à parte, mas como parte. E uma parte que precisa do ensino, do exercício, mas não como se fosse apenas necessária para responder a estes mesmos exercícios. Ela deve estar a serviço do letramento, ou seja, somente faz sentido que se estude e se aprenda se for para melhorar a comunicação. Portanto, é interessante construir com os alunos conceitos que percebamos não estarem internalizados nas suas produções textuais orais e escritas. Assim, ao refletirem o uso e perceberem outra - e talvez melhor – possibilidade de enunciação, eles estarão ampliando e modificando conceitos, nem sempre claros ou presentes em suas gramáticas internas.