quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Inclusão digital


Aproveito o meu blog já existente como formadora do Gestar para postar as minhas experiências no curso de inclusão digital.
Confesso que até o ano passado, eu era uma usuária tímida do ATE. Participei, sempre em parceria com outros professores, especialmente a profª Ivana de Língua Portuguesa e a Profª Regina de Artes de projetos de aprendizagem. Fora isso, utilizei poucas vezes o ambiente, mesmo porque na Antônio Ayroso, antes da chegada dos computadores novos, tínhamos quatro, cinco máquinas, em média, funcionando para turmas de 25 a 35 alunos. Hoje, vejo quantas oportunidades de ensino-aprendizagem incríveis podem possibilitar o uso do ambiente. A quantas informações se pode ter acesso, quantas experiências, quantos grupos de discussão e estudo se pode participar.
Em relação ao curso, pelo menos até o momento, tenho me sentido bastante confiante, pois temos utilizado o Linux e já conhecia os programas e ferramentas. O moodle já estávamos utilizando no Curso do Lego, portanto, por enquanto, como relatei, está sendo tudo muito tranquilo. Veremos o que nos aguarda a partir de agora...
Abraços

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sessão coletiva de 08/09 (Unidades 5 e 6 do TP2)

Nessa sessão, iniciamos com a apresentação das atividades desenvolvidas com os alunos. O professor Getúlio aplicou a atividade da página 51, a troca dos bilhetes com os alunos para discussão sobre frase, oração e período. Além disso, os alunos construíram histórias em quadrinhos. A professora Dania trabalhou com a questão da pontuação e entonação. A professora Elaine trabalhou a questão da leitura da imagem com ilusão de óptica, atividade desenvolvida também pela cursista Cristina que procurou trabalhar a dificuldade dos alunos em olhar as particularidades e não somente o todo. Elizângela trabalhou com produção de texto coletivo a partir de leitura de imagem e as professoras Judite e Daniela trabalharam com provérbios, realizando uma atividade de intertextualidade com a música Bom conselho de Chico Buarque de Hollanda e com as explicações de alguns provérbios no Guia dos Curiosos de Marcelo Duarte.
A cursista Maria Fátima trabalhou a atividade do AAA da página 41, sobre a entonação e o sentido da frase. As cursistas Elisa, Lucimar e Shirley não conseguiram terminar as atividades por questões de organização das escolas e irão apresentá-las em outro encontro. Devido às fortes chuvas e ventos na noite anterior e durante o dia do encontro (que causou muitos estragos na cidade e região), tivemos poucos cursistas presentes na oficina.
Após a socialização das atividades, discutimos as questões referentes à análise linguística, aos tipos de gramática e o estudo delas: normativa e o estudo preditivo, a gramática descritiva e o estudo reflexivo e a gramática internalizada e o estudo produtivo da língua. Discutimos a importância de trabalhar a própria linguagem do aluno, seja em produções orais ou escritas, para levá-los à percepção de outras possíveis enunciações e que a língua, por ser um sistema aberto, permite várias possibilidades (variedades) adequadas ou não a cada situação comunicativa. É nosso papel aproximá-lo da norma padrão - a variedade culta - não para negar sua variedade, mas para ter acesso a documentos oficiais e poder utilizá-la sempre que necessário.
Fizemos a avaliação da oficina e anunciamos os próximos assuntos: A frase e sua organização e Linguagem figurada.

Encontro presencial de 25/08 (unidades 3 e 4 do TP 1)

Iniciamos com a socialização das atividades da seção "Avançando na prática" das duas primeiras unidades do TP 1. Após, discutimos o assunto das duas últimas unidades desse TP: texto e intertextualidade.
Para iniciar, trouxe um recorte dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p.23) sobre a utilização de textos como base do trabalho nas aulas de Língua Portuguesa:

"A importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente segundo as demandas sociais de cada momento. Atualmente, exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes dos que satisfizeram as demandas sociais até há bem pouco tempo - e tudo indica que essa exigência tende a ser crescente. A necessidade de atender a essa demanda obriga à revisão substantiva dos métodos de ensino e à constituição de práticas que possibilitem ao aluno ampliar sua competência discursiva na interlocução. Nessa perspectiva, não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de estratos – letras/fonemas, sílabas, palavras, sintagmas, frases – que, descontextualizados, são normalmente tomados como exemplo de estudo gramatical e pouco têm a ver com a competência discursiva. Dentro desse marco, a unidade básica do ensino só pode ser o texto."

Discutimos sobre o conceito de texto, pacto de leitura e intertextualidade: paródia, pastiche, paráfrase, citação, referência, epígrafe e alusão e sobre o ponto de vista, que é o lugar ou o ângulo de onde cada interlocutor participa do processo de interação.
Dando continuidade, falei sobre as visitas que serão feitas a cada cursista em sua escola, em aulas que estejam sendo desenvolvidas atividades do curso.
Novamente discutimos a necessidade de atualizar e visitar os blogs, bem como postar comentários nos blogs dos colegas. Para o mês de agosto, foi solicitada, como postagem, uma atividade desenvolvida no Gestar, preferencialmente com produções e fotos dos alunos.
Para o projeto, solicitei que entre as referências bibliográficas estejam os Parâmetros Curriculares Nacionais e o material do Gestar II.
Fizemos a avaliação da oficina e levantamos as expectativas para o estudo do próximo TP: processos de escrita.

Sessão coletiva de 11/08 (TP 1, unidades 1 e 2)

Nesse primeiro encontro que marca a segunda parte do curso Gestar, os professores foram recepcionados com um cartão marcador de páginas e com um CD ROM com os TPs e AAAs digitalizados para facilitar a busca e uso com os alunos, dos materiais do curso.
No início, refletimos sobre os relatórios da primeira parte do curso e entreguei a eles uma folha com os questionamentos e cobranças da formadora da UNB, Tamar, sobre o caráter de ação/reflexão/ação que o trabalho em sala deve ter, especialmente a partir do curso. Assim, falamos sobre os critérios com que as atividades foram selecionadas, os temas, os gêneros contemplados, como foi aplicada a atividade, que facilidades ou dificuldades enfrentou, quais problemas ficaram mais evidentes nas produções, se foram resolvidos, que intervenções foram feitas a partir disso, se houve reestruturação ou reescrita... Enfim, vários itens que procuram tornar mais claros e específicos o trabalho e os resultados obtidos com ele.
Em seguida, falamos sobre o andamento dos projetos e sobre a necessidade de atualização dos blogues.
Discutimos sobre as duas oficinas extras do dia 15 de setembro sobre gêneros literários com a autora Cristina Marques e comigo, quando os cursistas do Gestar irão socializar cada um, uma atividade do "Avançando na prática" para os demais professores da rede municipal, entre outros assuntos.
Após uma parada para um gostoso cafezinho e lanchinho (pois, afinal, ninguém é de ferro), discutimos sobre as variantes linguísticas, assunto das duas unidades em questão: norma, dialeto (regional, etário, sociocultural, de gênero e profissionais) , idioleto, registro (formal, informal, status, tecnicidade, norma, cortesia), texto literário e a infração consciente de regras (estilística) e a escrita como modalidade artificial da língua.
Por fim, em grupos, distribuí algumas questões (de um total de 40), para relembrarmos e retomarmos conceitos vistos nos TPs 3, 4, 5 e na primeira metade do TP 1.
Foi uma noite bem produtiva!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Oficina de 14 de julho

Essa foi nossa última oficina antes do recesso escolar, que fechou o primeiro ciclo do curso, com os TPs 3, 4 e 5 discutidos. As unidades bases para o encontro presencial foram as unidades 19, sobre coesão textual e 20, sobre as relações lógicas no texto. Discutimos a importância da coesão nos textos e, portanto, a percepção dos elementos coesivos pelos alunos. Revimos a coesão sequencial, a referencial e a progressiva que, juntamente à coerência, são responsáveis pela construção de sentidos nos textos. Vimos as questões lógicas dos textos (temporalidade, identidade) as pistas que garantem a textualidade, a negação como elemento que pode representar exclusão, rejeição, ou ainda, possibilidade de uma informação, um fato ou uma ideia.
Na parte de socialização das atividades, foi possível observar uma variedade grande de atividades:
As professoras Cristina, Dania e Elizangela trabalharam com a coesão do texto, através dos quebra-cabeças de imagens. Cristina aproveitou para trabalhar o verbo no texto e slogan, e Elizangela e Dania, a coesão através de pronomes. A cursista Dayane trabalhou com a lógica nas HQs: preenchimento de balões criando sequência lógica e criação de história em quadrinhos. A professora Elaine trabalhou com a desconstrução da coerência através de provérbios; Geosânia e Silmara trabalharam com o texto "Palavra" e com as ligações léxicas e emocionais possíveis através delas. Lucimar e Shirley trabalharam a construção da coerência com um texto fora de ordem. O único representante do sexo masculino, professor Getúlio, trabalhou com o planejamento na construção da coesão, coerência e sequência dos fatos no texto.
Discutimos o andamento dos projetos, o calendário para o segundo semestre e acessamos os blogs, pois alguns professores estavam com dificuldades ao fazê-lo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Oficina de 30/06 TP 5 Unidades 17 e 18

Iniciamos a oficina com a socialização das perguntas formuladas por mim e pelos cursistas a partir do texto "Educação ou Pena de Morte", houve questões muito bem estruturadas e pertinentes. Fizemos uma reflexão sobre a importância de perguntas bem formuladas, com objetivos diferentes para levar os alunos ao desenvolvimento de habilidades de leitura.
Após, houve a socialização e reflexão das atividades aplicadas da seção "Avançando na Prática": A professora Daniela trabalhou com o texto "Este admirável mundo louco" de Ruth Rocha, bem como características das produções da autora. Depois, leu com os alunos o texto "Camping", explicou o gênero "diário" e solicitou a continuação do texto. Segundo ela, os meninos tiveram mais dificuldades, justamente por não terem o hábito de escrever diários. Apesar disso, as produções ficaram muito boas. O cursista Getulio trabalhou coesão textual a partir do texto "Nossas cidades", entregando-o aos alunos, com os parágrafos fora de ordem, para que eles percebessem a sequência lógica dos mesmos. Apesar da maioria não ter colocado na ordem inicial, relatou o professor, os textos ficaram compreensíveis e ele relatou a importância da sequenciação textual. Em seguida, foi trabalhado o glossário nos sentidos conotativo e denotativo, como ampliação de vocabulário. Para fechar, Getúlio promoveu uma discussão frutífera sobre as cidades brasileiras, comparando-as com Jaraguá do Sul.
As cursistas Silmara e Geosânia aplicaram a mesma atividade em um 9º e um 7° ano, respectivamente. Silmara relatou dificuldades de compreensão e entendimento dos alunos e Geosânia, ao contrário, surpreendeu-se com o envolvimento e produção da turma.
A cursista Dayane trabalhou com uma turma de 8ª série, a proposta de narrativa sobre o cotidiano dos alunos. Após a oralidade informal em sala, ela os levou ao pátio da escola, reunindo-os em pequenos grupos que deveriam contar algo que considerassem importante ou curioso. Ao voltar à sala, foram solicitados a escrever os temas que surgiram. A partir daí, em outras aulas, a professora deu continuidade ao trabalho que resultou em narrativas de acontecimentos que os marcaram. Muitos pontos positivos foram apontados pelos alunos na avaliação do trabalho que teve ótimos resultados. A professora Elizangela que aplicou a mesma proposta, constatou, a partir de reclamações, que os alunos daquele 9º ano não gostam de escrever, mas, após muitas conversas e trocas de ideias, todos os alunos se envolveram e produziram.
A professora Maria Fátima aproveitou o "Dia da Ecologia" para refletir sobre o termo ecologia . A partir de uma imagem publicada em um jornal local, ela leu o texto "Sempre em boa companhia" de Raquel V. Marques e Maria A. S. Alves. Após a reflexão sobre o texto e a relação da personagem "Chauá", um papagaio, com a imagem anteriormente apresentada, foi discutida a
questão da extinção de animais e os alunos produziram um cartão-postal, gênero previamente explicado pela professora.
A cursista Shirley e a cursista Lucimar apresentaram aos alunos o excerto do texto "Camping", explicaram as características do gênero "diário" e solicitaram-lhes a produção de uma página de diário. Na avaliação, Shirley considerou que a atividade foi relevante, pois exigiu dos alunos reflexão, concentração e seleção de informações pertinentes à escrita. Voluntários leram suas produções, compartilhando-as com colegas e professora; Lucimar disse ter sido importante conhecer um pouco mais sobre o presente e passado dos alunos e com a discussão sobre acontecimentos marcantes para eles.
Cristina, igualmente, trabalhou a continuação do diário. Os alunos atribuíram-lhe sequência lógica e desfecho. Alguns conseguiram perceber a ironia presente na não percepção explícita da locutora do devastamento e destruição do meio-ambiente e outros, não. Sugeri-lhe que apresentasse o texto completo e discutisse com eles essa questão.
A professora Dânia partiu do texto "Esse admirável mundo louco" para trabalhar várias obras de Ruth Rocha, bem como procedimentos de leitura, enfatizando a oralidade, em um trabalho bem interessante.
Após as explanações, lemos um texto sobre estilística e coerência, refletimos sobre as escolhas conscientes - estilo - e sobre o sentido do texto - coerência. Li frases sem coerência e, por isso, muito engraçadas, para podermos analisar a falta de coerência pela repetição, pela falta de progressão do texto, pela contradição e pela falta de relação. Marcamos o próximo encontro, dia 7 de Julho, uma oficina extra sobre o uso do jornal em sala de aula, com a participação de Kelly Rosa, supervisora pedagógica do jornal AN ( A Notícia).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

07/07 Oficina extra: encontro com AN Escola (Jornal A Notícia)

A expectativa inicial era que se compartilhasse formas de se trabalhar o jornal em sala de aula, já que a rede assina vários jornais disponibilizados em salas de aula, porém, a supervisora pedagógica do AN Escola, Kelly Rosa, deu-nos sugestões para criação de um jornal escolar: matérias, materiais, captação de recursos, parcerias. Realizamos, em grupos, atividades de seleção e de intergenere-cidade utilizando exemplares de jornais trazidos por ela, fizemos a socialização, com algumas atividades bem criativas.
Foi um momento de troca de angústias e ideias. O jornal escolar pode ser não somente um importante portador dos textos dos alunos, transcedendo a sala de aula, professor e colegas de turma, mas também uma situação socio-comunicativa real para construção e leitura de gêneros variados.